quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Não sei quantas almas tenho

                                                     
                                                         Poema de Fernando Pessoa,
                                                       dito por José-António Moreira

2 comentários:

  1. Belíssimo vídeo, musica, imagens e voz. Bela postagem!

    A poesia de Fernando Pessoa, ainda que algo complexa, cativou-me desde a adolescência. Todos os heterônimos de Pessoa são fascinantes... mas é com Caeiro que mais me identifico.

    Alberto Caeiro o poeta dos sentidos, das sensações, o Mestre, que nos ensina a "ver" o mundo, a apreciar a natureza e a libertar a dor de pensar.

    Muitos foram os versos de Alberto Caeiro que decorei e ainda sei dizer de cor [alguém me disse um dia - que dizer "de cor" é dizer "de coração -].

    A "filosofia" [apesar dele mesmo ter escrito "Eu não tenho filosofia: tenho sentidos..."] contida nas suas poesias nos ajuda a conviver com o desconhecimento de nós mesmos, com a solidão e a angústia existencial.

    O poeta pensou [Pensou?! "Pensar é não compreender..."] em coisas tão óbvias mas das quais nunca ninguém se lembrou e perante as quais é impossível - parece-me! - ficar indiferente como, por exemplo: "Amar é a eterna inocência/ E a única inocência é não pensar...".

    Amo Fernando Pessoa com um amor além da vida...

    Obrigada amigo, David!
    Grande abraço, Elaine

    "É talvez o último dia da minha vida.

    É talvez o último dia da minha vida.
    Saudei o Sol, levantando a mão direita,
    Mas não o saudei, dizendo-lhe adeus,
    Fiz sinal de gostar de o ver antes: mais nada."

    Alberto Caeiro



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    1. Tem a minha amiga toda a razão acerca de Pessoa, que a mim também cativou cedo. Também me identifico muito com Caeiro. Pessoa, é um mago da musicalidade e, sejam ou não seus poemas
      brancos (sem rima), ele consegue encantar-nos. Daí o dizermos versos de cor. Um mago, Elaine, um mago da poesia.

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