domingo, 29 de dezembro de 2013

Sonho


Athanasius Kircher, Mundus Subterraneus, 1699

(Anónimo)

Um óptimo 2014, 
com sonhos bons.



quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Poema de Manuel Antônio Álvares de Azevedo dito por Paulo Autran

Manuel Antônio Álvares de Azevedo (São Paulo, 12 de setembro de 1831  Rio de Janeiro, 25 de abril de 1852) foi um escritor da segunda geração romântica (Ultra-Romântica, Byroniana ou Mal-do-século), contista, dramaturgo, poeta e ensaísta brasileiro, autor de Noite na Taverna.
Filho de Inácio Manuel Álvares de Azevedo e Maria Luísa Mota Azevedo, passou a infância no Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos. Voltou a São Paulo, em 1847, para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde, desde logo, ganhou fama por brilhantes e precoces produções literárias. Destacou-se pela facilidade de aprender línguas e pelo espírito jovial e sentimental.
Durante o curso de Direito traduziu o quinto ato de Otelo, de Shakespeare; traduziu Parisina, de Lord Byron; fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano (1849); fez parte da Sociedade Epicureia; e iniciou o poema épico O Conde Lopo, do qual só restaram fragmentos.
Não concluiu o curso, pois foi acometido de uma tuberculose pulmonar nas férias de 1851-52, a qual foi agravada por um tumor na fossa ilíaca, ocasionado por uma queda de cavalo, falecendo aos 20 anos.
A sua obra compreende: Poesias diversas, Poema do Frade, o drama Macário, o romance O Livro de Fra Gondicário, Noite na Taverna, Cartas, vários Ensaios (Literatura e civilização em Portugal, Lucano, George Sand, Jacques Rolla) e Lira dos vinte anos
Suas principais influências são:Lord Byron, Goethe, François-René de Chateaubriand, mas principalmen-te Alfred de Musset.
Figura na antologia do cancioneiro nacional. Foi muito lido até as duas primeiras décadas do século XX, com constantes reedições de sua poesia e antologias. As últimas encenações de seu drama Macário foram em 1994 e 2001. É patrono da cadeira 2 da Academia Brasileira de Letras.

domingo, 22 de dezembro de 2013

FELIZ NATAL!

Desejo a todos um bom dia de Natal, de preferência com a família alargada à mesa, a celebrar a Consoada!






sábado, 21 de dezembro de 2013

No silêncio, Deus escuta-nos

No silêncio, Deus escuta-nos - Beata Teresa de Calcutá

Não conseguimos encontrar a Deus no barulho, na agitação. No silêncio, Deus escuta-nos; no silêncio, fala às nossas almas. No silêncio é-nos dado o privilégio de ouvir a sua voz:

Silêncio dos nossos olhos. Silêncio dos nossos ouvidos. Silêncio da nossa boca. Silêncio do nosso espírito. No silêncio do coração, Deus falará.

O silêncio do coração é necessário para escutar a Deus em todo o lado — na porta que se fecha, na pessoa que reclama a tua presença, nos pássaros que cantam, nas flores e nos animais. Se estivermos atentos ao silêncio, será fácil orar. Há tanta tagarelice, coisas repetidas, coisas escusadas naquilo que dizemos e escrevemos. A nossa vida de oração é afectada porque o nosso coração não está silencioso. Vou manter com mais cuidado o silêncio no meu coração, para que, no silêncio do meu coração, oiça as suas palavras de consolação e, a partir da plenitude do meu coração, possa consolar Jesus escondido no infortúnio dos pobres.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Vitorino Nemésio, Dois poemas de Natal

NATAL CHIQUE

Percorro o dia que esmorece
Nas ruas cheias de rumor;
Minha alma vã desaparece
Na minha pressa e pouco amor.

Hoje é Natal. Comprei um anjo,
Dos que anunciam no jornal;
Mas houve um etéreo desarranjo
E o efeito em casa saiu mal.

Valeu-me um príncipe esfarrapado
A quem dão coroas no meio disto,
Um moço doente, desanimado…
Só esse pobre me pareceu Cristo.




NATAL DAS ILHAS
Natal das Ilhas. Aonde
O prato do trigo novo,
A camélia imaculada,
O gosto no pão do povo?
Olho, já não vejo nada.
Chamo, ninguém me responde.

Natal das Ilhas. Serão
Ilhas de gente sem telha,
Jesus nascido no chão
Sobre alguma colcha velha?

Burra de cigano às palhas,
Vaca com língua de pneu,
Presépio girando em calhas
Como o eléctrico, tu e eu.

Natal das Ilhas. Já brilha
Nas ondas do mar de inverno
O menino bem lembrado,
Que trouxe da sua ilha
O gosto do peixe eterno
Em perdão do seu passado.
      
Vitorino Nemésio, Sapateia Açoriana
      

domingo, 15 de dezembro de 2013

"Partiu de Madrugada" de Mafalda Arnauth

Mafalda Arnauth


A nova produção discográfica da cantora, saiu recentemente. 
O CD dá pelo nome de "Terra da Luz ".

Esta faixa é genial. Adoro-a.




terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Faro/Farol de Fisterra

Faro de Fisterra









É, por causa dos seus naufrágios, conhecido como o Cabo da Morte. Em galego diz-se Fisterra, em castelhano Finisterre. Comarca e concelho [ver aqui]
No lugar, onde os romanos encontraram um altar de culto ao Sol,  a vista deslumbrante, eis o farol, e o caminho estreito até ele, incluindo o formigueiro de turistas. Nada que seja incomum. Mesmo até uma "pinchagem" da ETA numa das paredes parece estar devorada pela força natural da paisagem.



A particularidade é, naquele local, terminar verdadeiramente o caminho de Santiago. Antes da viagem de Colombo supunha-se que ali terminava o Mundo. Depois os Portugueses deram novos mundos ao Mundo.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Fotos raras

Van Gogh aos 13 anos


Torre de Belém, Lisboa, 1920

Pintando a Torre Eiffel, 1932

Barack Obama e seu avô



Expedição militar no Pólo Norte

domingo, 8 de dezembro de 2013

Banda do Casaco, uma banda a retomar

A Banda do Casaco foi um projecto musical concebido em 1973. Lugar único de liberdade e experimentação musical onde partindo de um universo pop, de influências da música tradicional portuguesa, da sátira e do humor se criou um mundo novo,em que a crítica social não foi descurada.


Do album "Contos da Barbearia", EMI, 1978 (na impossibilidade de colocar as canções directamente, aqui ficam alguns links para as mesmas no youtube).


Na cadeira do barbeiro                   http://youtu.be/CBzyFWOg6gA

A noite passada em caminha          http://youtu.be/uL36qbRmk0s

O diabo da velha                             http://youtu.be/3enOgeEgdxQ

O enterro do tostão                         http://youtu.be/XxXgHUvxlsg

Malfamagrifada                               http://youtu.be/xKHsyfBMXkg

Zás! Pás! (O Casório do Trolha)      http://youtu.be/_v8FxL3C6yU

Godofredo cheio de medo              http://youtu.be/3y1j3pZBwZk 
    


  

8 de Dezembro, Imaculada Conceição

8 de Dezembro, Dia da Imaculada Conceição, Rainha de Portugal



quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Dürer e Wittgenstein


Albrecht Dürer, Retrato de homem com 95 anos - 1521
Gosto de pensar que este velho de 95 anos desenhado por Albrecht Dürer (1471-1528) em 1521 pensa no futuro, mais que na vida vivida. Do que viveu terá aprendido o que mais tarde lapidarmente Wittgenstein escreveu:
6.373.       O mundo é independente da minha vontade.
6.374.        Ainda que tudo o que desejamos acontecesse, isto seria apenas, por assim dizer uma graça dada pelo destino, uma vez que não existe uma conexão lógica entre a vontade e o mundo que a garantisse, e a suposta conexão física também não a poderíamos por sua vez desejar.
5.1361.     Não podemos inferir os acontecimentos futuros dos acontecimentos presentes.
A crença no nexo causal é a superstição.
5.1362.     O livre arbítrio consiste no facto de as acções futuras não poderem ser conhecidas no presente. Só poderíamos conhecê-las se a causalidade fosse uma necessidade interior, como a da inferência lógica. — A conexão entre o saber e o que se sabe é a conexão da necessidade lógica.
Ludwig Wittgenstein (1889-1951) in Tratado Lógico-Filosófico com tradução de M. S. Lourenço

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A.M. Pires Cabral




A. M. Pires Cabral
da sequência «Ao contrário de Juan de Yepes»
in COMO SE BOSCH TIVESSE ENLOUQUECIDO,
João Azevedo Editor, Mirandela, 2003

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A Restauração de Portugal no dia 1 de Dezembro de 1640

A Restauração foi um movimento histórico que levou Portugal à independência no 1 de Dezembro de 1640.
A morte de D. Sebastião (1557-1578) em Alcácer-Quibir, apesar da sucessão do Cardeal D. Henrique I (1578-1580), deu origem a uma crise dinástica. Nas Cortes de Tomar de 1580, Filipe II de Espanha é aclamado rei de Portugal (Filipe I de Portugal).
Filipe I e os seus sucessores, Filipe II e Filipe III, não respeitaram o que tinha ficado combinado nas Cortes de Tomar.
Os impostos aumentavam; a população empobrecia; os burgueses ficavam afectados nos seus interesses comerciais; a nobreza estava preocupada com a perda dos seus postos e rendimentos; o império português era ameaçado por Ingleses e Holandeses e os reis filipinos nada faziam.
Durante sessenta anos Portugal sofreu o domínio filipino. No dia 1 de Dezembro de 1640, os Portugueses restauraram a sua independência e D. João IV foi aclamado rei de Portugal.
Assim se iniciou a 4.ª Dinastia, a Dinastia de Bragança ou Brigantina.

Hino da Restauração (1640)

Portugueses celebremos
O dia da Redenção
Em que valentes guerreiros
Nos deram livre a Nação.

A Fé dos Campos de Ourique
Coragem deu e valor
Aos famosos de Quarenta
Que lutaram com ardor.

P'rá frente! P'rá frente!
Repetir saberemos
As proezas portuguesas.

Ávante! Ávante!
É voz que soará triunfal
Vá ávante mocidade de Portugal!
Vá ávante mocidade de Portugal!

Este vídeo representa a evolução das bandeiras que Portugal já teve, da primeira à actual