Título: Portugal, terra de mistérios
Autor: Paulo Alexandre Loução
Editora: Ésquilo (1ª Edição, Abril 2001; 2.ª Edição, Maio 2001; 3.º Edição, Dezembro 2001; 4.ª Edição, Abril 2003)
Páginas: 400
Sinopse:
Depois do aturado trabalho de investigação, “Os Templários na Formação de Portugal”, Paulo Alexandre Loução percorreu Portugal ao encontro de símbolos, tradições e lugares mágicos, verdadeiros tesouros espirituais que merecem ser estudados, interpretados e sentidos, pois constituem uma riquíssima memória cultural e espiritual do nosso país de que urge tomar consciência.
O autor, enquadrando a sua interpretação simbólica tanto no âmbito da Nova Antropologia como da tradição esotérica, transporta-nos, através de símbolos, ao período da fundação que conforma o Portugal Mítico das Origens e, indo mais além, faz-nos viajar até à magia da antiga Lusitânia, a “Cidade da Luz”, e da misteriosa Ophiussa, a “Terra das Serpentes”.
Opinião:
Como apaixonado pela arqueologia e pela história do nosso país, este foi um dos livros que mais apreciei ler. Uma obra de auto nível, resultado de um grande trabalho de investigação por parte de Paulo Alexandre Loução para reavivar as memórias culturais e espirituais de Portugal, que percorreu o país de lés a lés na procura da descodificação de símbolos ancestrais existentes em vários monumentos, pertencentes a variados períodos da história, muitos deles abandonados à sua sorte mas que mereceram a atenção deste especialista na matéria. Recorrendo a uma vasta bibliografia, como suporte do seu trabalho, explica de forma clara e objectiva cada imagem existente numa igreja ou mosteiro como resultado do legado de um determinado povo que passou pela antiga Lusitânia e lá deixou a sua marca para a posteridade.
A cultura rica do nosso país assim o merece e pode-se dizer que para mim este livro funcionou como uma espécie de guia turístico que me levou a perceber toda a vertente esotérica, uma área que também me agrada profundamente, de um Portugal que merece ser conhecido por nós de uma forma mais apegada. Por isso, quando um dia, em trabalho, estive uns dias em Celorico da Beira aproveitei para conhecer de perto a famosa Pedra do Sino, colocada em cima de uma fraga, além dos diversos sarcófagos espalhados no local. Também a Capela-gruta dedicada ao culto mariano, situada nas imediações do Santuário de Nossa Senhora da Penha, em Guimarães, minha cidade natal, é para mim um local de culto, porque representa a ligação à Mãe-Terra. Dólmens, Menires e Mamoas descritas no livro também já mereceram a minha visita e, posso dizer, que fiquei encantada porque uma aventura no desconhecido é sempre um desafio aliciante. Aconselho vivamente esta leitura porque, tal como eu, vão ficar mais enriquecidos e orgulhosos da nossa pátria.
Necrópole de S. Gens | Pedra do Sino | Celorico de Basto
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