Um soneto que
traduzi de Dante
é minha dama
quando outrém saúda,
que cada
língua logo se torna muda
e os olhos não
se atrevem de a mirar.
Ela se vai,
ouvindo-se louvar,
benignamente,
de humildade vestida,
que se parece
a uma coisa vinda
do céu à terra
um milagre mostrar.
Tão afável se
mostra a quem a mira
Que os olhos
ao coração levam dulçor –
entendê-lo não
pode quem o não prove:
e parece que
dos seus lábios se move
um tão suave
sopro cheio de amor
que segredando
à alma, diz: Suspira!
In Vita Nuova
Sem comentários:
Enviar um comentário