segunda-feira, 23 de junho de 2014

 FOR EVER FORTUNE
  Scottish Music in the 18th Century
  Les Musiciens de Saint-Julien, François Lazarevitch, Robert Getchell

                                        

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Citação

G. K. Chesterton: «Nós na verdade não queremos uma religião que esteja certa quando nós estamos certos. O que queremos é uma religião que esteja certa quando nós estamos errados.» -- The Catholic Church and Conversion

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Camões, Máquina do mundo

A Esfera

Escrito por Luís de Camões


Depois que a corporal necessidade
Se satisfaz do mantimento nobre,
E na harmonia e doce suavidade
Viram os altos feitos que descobre,
Tethys, de graça ornada e gravidade,
Para que com mais alta glória dobre
As festas deste alegre e claro dia,
Para o felice Gama assim dizia:

- «Faz-te mercê, Barão, a Sapiência
Suprema de cos olhos corporais
Veres o que não pode a vã ciência
Dos errados e míseros mortais.
Segue-me firme e forte, com prudência,
Por este monte espesso, tu cos mais.» -
Assim lhe diz, e o guia por um mato
Árduo, difícil, duro a humano trato.

Não andam muito, que no erguido cume
Se acharam, onde um campo se esmaltava
De esmeraldas, rubis, tais que presume
A vista que divino chão pisava.
Aqui um globo vêem no ar, que o lume
Claríssimo por ele penetrava,
De modo que o seu centro está evidente,
Como a superfície, claramente.

Qual a matéria seja não se enxerga,
Mas enxerga-se bem que está composto
De vários orbes, que a divina verga
Compôs, e um centro a todos só tem posto,
Volvendo, ora se abaixe, ora se erga,
Nunca se ergue ou se abaixa, e um mesmo rosto
Por toda a parte tem, e em toda a parte
Começa e acaba, enfim, por divina arte.

Uniforme, perfeito, em si sustido,
Qual enfim o Arquétipo que o criou.

Vendo o Gama este globo, comovido
De espanto e de desejo, ali ficou.
Diz-lhe a deusa: o transunto, reduzido
Em pequeno volume, aqui te dou
Do mundo aos olhos teus, para que vejas
Por onde vás e irás e o que desejas.

Vês aqui a grande máquina do mundo,
Etérea e elemental, que fabricada
Assim foi do saber alto e profundo,
Que é sem princípio e meta limitada.
Quem cerca em redor este rotundo
Globo e sua superfície tão limada,
É Deus; mas o que é Deus, ninguém o entende,
Que a tanto o engenho humano não se estende.

(Os Lusíadas, Canto X). 

Chesterton

"As palavras de uma boa prosa significam o que elas dizem. As palavras de uma boa poesia significam o que elas não dizem."

G. K. Chesterton

segunda-feira, 2 de junho de 2014

A r c a d e F i r e

                                             WAKE UP with 
                                          David Bowie

                                                  JOAN OF ARC