Sohrab Sepehri
é um dos mais importantes poetas contemporâneos do Irão. Sua colectânea de poemas em oito livros está sempre em alta. Juntamente com os poetas imortais como Hafez, Saadi, Rumi, Ferdowsi e Khayyam, são sempre lembrados no Irão atual Forough Farrokhzad, Shamlu e Sepehri. Está entre os principais poetas contemporâneos do Irão. Sohrab Sepehri nasceu em Kashan, em 1928. De família de classe média, seu bisavô foi um conhecido homem das letras e historiador. Seu talento para desenhar e pintar se manifestou desde cedo, assim como seu dom para escrever poemas. Em 1957 viajou pela primeira vez à Europa e aprofundou seus estudos de arte e francês. Desde 1962 Sepehri dedicou-se totalmente à sua arte: pintura e poesia. Durante a década de 60 viajou bastante. Pouco se sabe sobre sua vida pessoal, mas seus poemas aludem à existência de uma misteriosa mulher. Em Janeiro de 1979 soube que tinha leucemia. Morreu em abril de 1980. (Kashan).
é um dos mais importantes poetas contemporâneos do Irão. Sua colectânea de poemas em oito livros está sempre em alta. Juntamente com os poetas imortais como Hafez, Saadi, Rumi, Ferdowsi e Khayyam, são sempre lembrados no Irão atual Forough Farrokhzad, Shamlu e Sepehri. Está entre os principais poetas contemporâneos do Irão. Sohrab Sepehri nasceu em Kashan, em 1928. De família de classe média, seu bisavô foi um conhecido homem das letras e historiador. Seu talento para desenhar e pintar se manifestou desde cedo, assim como seu dom para escrever poemas. Em 1957 viajou pela primeira vez à Europa e aprofundou seus estudos de arte e francês. Desde 1962 Sepehri dedicou-se totalmente à sua arte: pintura e poesia. Durante a década de 60 viajou bastante. Pouco se sabe sobre sua vida pessoal, mas seus poemas aludem à existência de uma misteriosa mulher. Em Janeiro de 1979 soube que tinha leucemia. Morreu em abril de 1980. (Kashan).
ENDEREÇO
“Onde fica a casa do amigo?” - Era alvorada quando o cavaleiro perguntou.
O céu fez uma pausa.
O passante tirou o ramo de luz que trazia nos lábios, ofereceu para a escuridão das areias,
com o dedo apontou um álamo e disse:
“Antes da árvore
tem uma alameda que é mais verde que o sono de Deus
e lá o amor é um azul igual ao das penas da sinceridade.
Siga até o fim dessa rua, que vai dar atrás da adolescência
e então dobre em direção da flor da solidão.
A dois passos da flor
fique ao pé da fonte dos mitos eternos da Terra
e um medo transparente o dominará.
Na intimidade que flui no espaço, ouvirá um ruído:
verá uma criança
que subiu num pinheiro alto para apanhar um filhote no ninho da luz.
E então pergunte a ela
onde fica a casa do amigo.”
Tradução de Nasrin Haddad Battaglia – abril, 2012
This is from a poem by Sohrab Sepehri
. . .
UM OÁSIS NO MOMENTOSe vieres à minha procura
estou atrás do lugar que não existe
atrás do lugar que não existe há um lugar
atrás do lugar que não existe
são as veias do ar cheias de mensageiros
que trazem notícias da mais longínqua florida flor da terra
na face da areia estão traçadas as marcas do cavalo de um cavaleiro gracioso
que de manhã subiu ao cimo da montanha de Ascenção
atrás do lugar que não existe está aberto o leque dos desejos
tocam as campainhas de chuva para que a brisa sequiosa possa chegar ao cimo
de uma folha das campainhas de chuva que tocam
aqui o homem está só
e nesta solidão a sombra de um ulmeiro flui para a eternidade
se vieres à minha procura
vem devagar e suavemente para não quebrar a porcelana da minha solidão.
Tradução de Halima Naimova
Sohrab Sepehry/ Halima Naimova نشانی
ResponderEliminarNo esmorecer do crepúsculo
o cavaleiro perguntou:
onde está a Casa do Amigo ?
o ceu parou o caminhante,
tinha um raio de luz na sua boca
que lançou à escuridão das areias
e apontou com o seu dedo para um álamo
e disse: antes de chegares à àrvore
existe um jardim-vereda
mais verde que os sonhos de Deus
e nesse jardim-vereda, o amor, com a largura
das asas de amizade, é azul
segues ao fim daquela vereda,
que surge atrás da maturidade
depois viras em direcção da flor...
dois passos mais para a flor...
no sopé da fonte dos mitos eternos da terra páras
envolvendo-se numa timidez transparente
na intimidade do espaço corrente ouves um sussuro
vês uma criança que trepa um pinheiro
para apanhar um pintainho do ninho da luz
e perguntas à criança: "Onde está a Casa do Amigo ?"