terça-feira, 27 de novembro de 2012

soneto de Dante


Um soneto que traduzi de Dante 

 
Tanto gentile

 
Tão gentil e honesta, tão sem par

é minha dama quando outrém saúda,

que cada língua logo se torna muda

e os olhos não se atrevem de a mirar.

Ela se vai, ouvindo-se louvar,

benignamente, de humildade vestida,

que se parece a uma coisa vinda

do céu à terra um milagre mostrar.

Tão afável se mostra a quem a mira

Que os olhos ao coração levam dulçor –

entendê-lo não pode quem o não prove:

e parece que dos seus lábios se move

um tão suave sopro cheio de amor

que segredando à alma, diz: Suspira!

 
                                                                 In Vita Nuova

 

 

 




 
 


 

 

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