Colhe
todo o oiro do dia
na haste mais alta
da melancolia.
O amor
é uma ave a tremer
nas mãos de uma criança.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhãs mais limpas
não têm voz.
é uma ave a tremer
nas mãos de uma criança.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhãs mais limpas
não têm voz.
Os livros. A sua cálida,
terna, serena pele. Amorosa
companhia. Dispostos sempre
a partilhar o sol
das suas águas. Tão dóceis,
tão calados, tão leais.
Tão luminosos na sua
branca e vegetal e cerrada
melancolia. Amados
como nenhuns outros companheiros
da alma. Tão musicais
no fluvial e transbordante
ardor de cada dia.O sorriso
Creio que foi o sorriso,
sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso.
No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra. Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre. Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio. Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha
Gostei de "O Sorriso". Vou favoritar a sua página, amigo! =]
ResponderEliminarAgradeço a sua intenção. :)
ResponderEliminarD.L.