quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Um poema do poeta persa RUMI



Tradução de Adalberto Alves
in “O Vértice da Noite”
Argusnauta – Nov 2007
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morri, era eu pedra:
tornei-me planta.
.
fanei-me enquanto flor:
fui animal
.
faleci, era então bicho:
humano me tornei.
.
que hei-de, pois, temer?
serei agora menos, ao morrer?
.
quando minha humanidade perecer
e as asas eu abrir também
entre anjos minha cabeça hei-de erguer.
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quando meu ser angélico for sacrificado,
serei o que a imaginação já não contém.

(agradeço à Myriam Jubilot de Carvalho ter-se lembrado deste poema e de cujo blog o retirei)


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