terça-feira, 5 de março de 2013

Ao Senhor dos Mundos - poema

»Ao Senhor dos Mundos«  
                                           
                                                                                             
Senhor Deus da Luz, seja concedido
Que num ponto concentre o sol difuso
Neste meu ser inquieto e dividido
Onde, se olho, é só treva e caos confuso.
Toda essa luz esparsa o mago fuso
Do pensamento a busca, em si perdido,
E o fio de oiro ao acaso recolhido
Quebra-se contra o ser opaco e ocluso.
Concentre-se a luz num ponto! Dá-me a lente
Com que punha, em criança, a arder a palha
E fazia um incêndio grande e ardente!
Dá-me o poder da Fé, puro e sem falha!
De uma fé que se move e pensa e sente
E ouve dizer baixinho: “Deus nos valha!”
António Telmo










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