A MORTE VIRÁ E TERÁ OS TEUS OLHOS Trad. José Carlos Brandão
A morte virá e terá os teus olhos –
esta morte que nos acompanha
da manhã à noite, insone,
surda, como um velho remorso
ou um vício absurdo. Os teus olhos
serão uma palavra vã,
um grito calado, um silêncio.
Assim os vês cada manhã
quando, sob ti só, pendes
no espelho. Oh, que esperança,
nesse dia saberemos, também nós,
que és a vida e és o nada.
A morte tem um olhar para todos.
A morte virá e terá os teus olhos.
Será como deixar um vício,
como ver no espelho
ressurgir uma face morta,
como ouvir os lábios fechados.
Desceremos mudos ao abismo.
um grito calado, um silêncio.
Assim os vês cada manhã
quando, sob ti só, pendes
no espelho. Oh, que esperança,
nesse dia saberemos, também nós,
que és a vida e és o nada.
A morte tem um olhar para todos.
A morte virá e terá os teus olhos.
Será como deixar um vício,
como ver no espelho
ressurgir uma face morta,
como ouvir os lábios fechados.
Desceremos mudos ao abismo.
VIRÁ A MORTE E TERÁ OS TEUS OLHOS Trad. A.M.
Virá a morte e terá os teus olhos -
esta morte que nos acompanha
de manhã à noite, insone,
surda, como um velho remorso,
ou um vício absurdo. Os teus olhos
serão uma mera palavra,
um grito calado, um silêncio.
Assim os vês cada manhã
quando sobre ti mesma te dobras
ao espelho. Ó querida esperança,
nesse dia saberemos também nós
que tu és a vida e és o nada.
Para todos a morte tem um olhar.
Virá a morte e terá os teus olhos.
Será como largar um vício,
como ver no espelho
reaparecer um rosto morto,
como escutar uns lábios cerrados.
Desceremos calados no remoinho.
Virá a morte e terá os teus olhos.
Será como largar um vício,
como ver no espelho
reaparecer um rosto morto,
como escutar uns lábios cerrados.
Desceremos calados no remoinho.
VIRÁ A MORTE E TERÁ OS TEUS OLHOS Trad. Jorge de Sena
Virá a morte e terá os teus olhos
esta morte que nos acompanha
da manhã à noite, insone,
surda, como um velho remorso
ou um vício absurdo. Os teus olhos
serão uma palavra vã,
um grito emudecido, um silêncio.
Assim os vejo todas as manhãs
quando sobre ti te inclinas
ao espelho. Ó cara esperança,
nesse dia saberemos também nós,
que és a vida e és o nada.
Para todos a morte tem um olhar.
Virá a morte e terá os teus olhos.
Será como deixar um vício,
como ver no espelho
reemergir um rosto morto,
como ouvir lábios cerrados.
Desceremos ao vórtice mudo.
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