Romano Guardini, um teólogo do século XX diz assim:
"Não há Doutrina nem sistema de valores nem atitude religiosa nem programa de vida susceptíveis de serem desligados da pessoa de Cristo e dos quais se possa dizer: aqui está o Cristianismo. O Cristianismo é Ele mesmo. A pessoa de Cristo é que faz o Cristianismo. E se alguém perguntasse o que há de certo na vida e na morte, tão certo que tudo o mais se possa fundamentar aí, a resposta é: o Amor de Cristo."
A nossa única certeza é o Amor de Cristo: Deixarmo-nos amar por Cristo é então resposta para todas as nossas dúvidas.
É essa certeza que nos faz perder o medo de arriscar e viver a aventura da entrega radical ao amor de Deus.
Com esta certeza no coração não passamos a ser Senhores da verdade, com explicações racionais para tudo, apenas sabemos e sentimos Cristo de tal modo no meio de nós, que mesmo frágeis, cheios de dúvidas e crises sabemos que ele não nos abandona.
Cristo, o verbo que se fez homem também duvidou, também vacilou, também ele teve medo.
Do Evangelho segundo S. Mateus (Mt 26,36-39)
Então, Jesus chegou com eles a um lugar chamado Getsemani e disse aos discípulos: «Ficai aqui, enquanto Eu vou além orar». E levando consigo Pedro e dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Disse-lhes então: «A minha alma está numa tristeza de morte; ficai aqui e vigiai comigo». E adiantando-se um pouco mais caiu com a face por terra, orando e dizendo: «Meu Pai se é possível passe de Mim este cálice; todavia, não seja como Eu quero, mas, como Tu queres.»
Os Cristãos não têm que ser super-homens, com fé inabalável, a santidade tem muito pouco a ver com heroísmo.
Os Santos são homens que com todos as suas fraquezas se entregaram ao Pai, tal como Jesus eles são capazes de orar e confiar.
Face à dúvida não há outra resposta senão a oração.
Só quando a palavra e a oração têm influência sobre a acção, é que somos fiéis testemunhas de Cristo.
Esta é a nossa verdadeira vocação, darmos testemunho de Cristo. E quando Jesus passa a fazer parte da nossa vida, apenas damos testemunho daquilo que somos.
E como é que nós Cristãos, podemos dar testemunho deste Cristo?
o Primeiro Cântico do Servo, do Livro do Profeta Isaías (Is 42,1-4)
Eis o meu servo, que eu amparo, o meu eleito, no qual a minha alma se deleita; fiz repousar sobre ele o meu espírito, para que leve às nações a verdadeira Justiça. Ele não gritará, não levantará a voz, não clamará nas ruas. Não quebrará a cana rachada, não apagará a mecha que ainda fumega. Anunciará com toda a fidelidade a verdadeira Justiça. Não desanimará nem desfalecerá, até que tenha estabelecido a verdadeira Justiça sobre a terra.
Viver o Amor de Cristo com simplicidade e humildade de coração. Este amor de Cristo cativa-nos e compromete-nos. E leva-nos a anunciarmos às nações a verdadeira justiça.
Um Cristão tem que saber propor com toda a humildade a sua fé e nunca impô-la.
Temos que nos manter abertos ao diálogo com outros povos, outras religiões, com crentes e não crentes.
Este diálogo com os outros tem que ser fruto de um forte diálogo pessoal, de um grande discernimento interior, só porque aceito as minhas dúvidas, consigo aceitar e compreender as dúvidas ou certezas dos outros.
Às dúvidas dos outros, posso apenas responder com a minha certeza do amor do Senhor.
Só a vivência do Espírito poderá permitir dar testemunho aos que não o conheceram na carne, só Ele nos permite também dizer EU VI.
Leitura do Livro do Profeta Isaías (Is 25,6-7):
«o Senhor dos Exércitos prepara para todos os povos sobre este monte um banquete de manjares suculentos, ... , Sobre este monte arrancará o véu que cobre todos os povos o pano que cobre todas as nações.»
"Não há Doutrina nem sistema de valores nem atitude religiosa nem programa de vida susceptíveis de serem desligados da pessoa de Cristo e dos quais se possa dizer: aqui está o Cristianismo. O Cristianismo é Ele mesmo. A pessoa de Cristo é que faz o Cristianismo. E se alguém perguntasse o que há de certo na vida e na morte, tão certo que tudo o mais se possa fundamentar aí, a resposta é: o Amor de Cristo."
A nossa única certeza é o Amor de Cristo: Deixarmo-nos amar por Cristo é então resposta para todas as nossas dúvidas.
É essa certeza que nos faz perder o medo de arriscar e viver a aventura da entrega radical ao amor de Deus.
Com esta certeza no coração não passamos a ser Senhores da verdade, com explicações racionais para tudo, apenas sabemos e sentimos Cristo de tal modo no meio de nós, que mesmo frágeis, cheios de dúvidas e crises sabemos que ele não nos abandona.
Cristo, o verbo que se fez homem também duvidou, também vacilou, também ele teve medo.
Do Evangelho segundo S. Mateus (Mt 26,36-39)
Então, Jesus chegou com eles a um lugar chamado Getsemani e disse aos discípulos: «Ficai aqui, enquanto Eu vou além orar». E levando consigo Pedro e dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Disse-lhes então: «A minha alma está numa tristeza de morte; ficai aqui e vigiai comigo». E adiantando-se um pouco mais caiu com a face por terra, orando e dizendo: «Meu Pai se é possível passe de Mim este cálice; todavia, não seja como Eu quero, mas, como Tu queres.»
Assim se Cristo aceitou e viveu as suas dúvidas e medos também nós podemos aceitar as nossas.
Leitura do Livro do Profeta Isaías (Is 25,6-7):
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